cuiab� e atl�tico paranaense palpite
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Cr�dito, Alamy
A p�rpura t�ria era usadacuiab� e atl�tico paranaense palpitemosaicos bizantinos que mostravam o imperador Justiniano 1� ecuiab� e atl�tico paranaense palpiteesposa Teodora
O ano era 2002 no s�tio arqueol�gico de Qatna, um pal�ciocuiab� e atl�tico paranaense palpiteru�nas � beira do deserto da S�ria. Ele fica �s margens de um antigo lago, seco h� muito tempo.
O local estava abandonado h� mais de 3 mil anos, quando uma equipe de arque�logos recebeu permiss�o para visit�-lo,cuiab� e atl�tico paranaense palpitebusca do t�mulo real.
Depois de percorrer grandes sal�es e estreitos corredores, descendo por degraus com risco de desmoronamento, eles chegaram a um po�o profundo.
Em um dos lados, havia duas est�tuas id�nticas, protegendo uma porta trancada. Ali ficava o t�mulo do rei.
Dentro dele, havia uma imensa quantidade de maravilhas antigas. Ao todo, eram 2 mil objetos, incluindo joias e uma grande m�o de ouro. Mas havia tamb�m estranhas manchas escuras no ch�o.
Fim do Mat�rias recomendadas
Os arque�logos enviaram uma amostra para exame, que acabou revelando uma camada de cor p�rpura viva sob o p� e a sujeira.
Os pesquisadores haviam descoberto um dos produtos mais lend�rios do mundo antigo � uma subst�ncia que construiu imp�rios, destronou reis e consolidou o poder de gera��es de governantes globais.
Podcast traz �udios com reportagens selecionadas.
Epis�dios
Fim do Podcast
A rainha Cle�patra (69-30 a.C.), do Egito, era t�o obcecada por ele que chegou a us�-lo nas velas do seu barco. E,cuiab� e atl�tico paranaense palpiteRoma, imperadores decretaram que qualquer outra pessoa, al�m deles, que fosse flagrada usando o produto seria condenada � morte.
A subst�ncia era a p�rpura t�ria, um pigmento extra�do de um tipo de caramujo. Era o produto mais caro da Antiguidade � valia mais do que tr�s vezes o seu pesocuiab� e atl�tico paranaense palpiteouro, segundo um decreto romano do ano 301 d.C.
Mas, hojecuiab� e atl�tico paranaense palpitedia, ningu�m sabe como produzi-lo. As elaboradas receitas para a extra��o e processamento do pigmento dos nobres da Antiguidade foram perdidas no s�culo 15.
Mas por que essa colora��o t�o fascinante desapareceu? Ser� que ela pode ser ressuscitada?
Em um pequeno barrac�o no nordeste da Tun�sia, a pouca dist�ncia do que foi a cidade fen�cia de Cartago, um homem passou a maior parte dos �ltimos 16 anos esmagando caramujos marinhos. Ele tenta pacientemente transformar as entranhas dos animaiscuiab� e atl�tico paranaense palpitealgo que relembre a p�rpura t�ria.
Cr�dito, Alamy
O t�mulo real de Qatna acumulou sedimentos por mais de 3 mil anos at� ser redescoberto � e a intensa colora��o da p�rpura t�ria que ele guardava ainda pode ser observada
As camadas mais privilegiadas da sociedade exibiram a p�rpura t�ria por mil�nios, como um s�mbolo de for�a, soberania e riqueza.
Escritores antigos descrevem com precis�o o tom espec�fico de roxo que originou seu nome: p�rpura avermelhada escura, como de sangue coagulado, tingido com preto.
Pl�nio, o Velho (23-79 d.C.), descreveu a apar�ncia do pigmento como "brilhante quando observado contra a luz".
Comcuiab� e atl�tico paranaense palpiteintensa e �nica colora��o e resist�ncia ao desbotamento, a p�rpura t�ria era adorada por civiliza��es antigascuiab� e atl�tico paranaense palpitetodo o sul da Europa, norte da �frica e oeste da �sia.
O pigmento foi fundamental para o sucesso dos fen�cios, que ficaram conhecidos como as "pessoas roxas". O pr�prio nome do pigmento vem da cidade-Estado fen�cia de Tiro (hoje, pertencente ao L�bano).
O tom de roxo podia ser encontradocuiab� e atl�tico paranaense palpitetudo, desde mantos at� velas de barcos, pinturas, m�veis, cimento, pinturas nas paredes, joias e at�cuiab� e atl�tico paranaense palpitesud�rios f�nebres.
No ano 40 d.C., o rei Ptolomeu da Maurit�nia foi assassinado de surpresacuiab� e atl�tico paranaense palpiteRoma, por ordem do imperador.
O motivo: apesar de ser amigo dos romanos, o infeliz soberano havia causado uma grave ofensa ao visitar um anfiteatro para assistir a um combate entre gladiadores... vestindo um manto roxo.
A lux�ria ciumenta e insaci�vel inspirada por aquela cor, �s vezes, era comparada com uma esp�cie de loucura.
Curiosamente, o pigmento mais celebrado que o mundo j� conheceu n�o come�oucuiab� e atl�tico paranaense palpitevida como uma bela gema ultramarina, como seu contempor�neo l�pis-laz�li. Nem como um vibrante emaranhado de ra�zes rosa-coral, como a granza produtora de pigmento vermelho.
Na verdade, a p�rpura t�ria come�ou como um fluido transparente produzido pela fam�lia de caranguejos marinhos chamada Murex. Mais especificamente, ela era viscosa.
Cr�dito, Alamy
A p�rpura t�ria j� foi encontradacuiab� e atl�tico paranaense palpitepinturas datadas da Idade do Bronze
A p�rpura t�ria era produzida com as secre��es de tr�s esp�cies de caranguejos marinhos. Cada uma delas gerava uma cor diferente: Hexaplex trunculus (roxo azulado), Bolinus brandaris (roxo avermelhado) e Stramonita haemastoma (vermelho).
Depois que os caramujos eram ca�ados, seja manualmente no litoral rochoso ou com armadilhas usando outros caramujos como isca (os caramujos Murex s�o predadores), chegava a hora de colher a gosma. Para isso,cuiab� e atl�tico paranaense palpitealguns lugares, a gl�ndula mucosa era fatiada com uma faca espec�fica.
Um escritor romano descreveu que a subst�ncia interna do caramujo gotejava das suas feridas, "fluindo como l�grimas", at� ser recolhidacuiab� e atl�tico paranaense palpitealmofarizes para ser mo�da. Alternativamente, esp�cies menores podiam ser mo�das inteiras.
Mas as nossas certezas terminam por aqui. Os relatos de como a gosma incolor do caramujo era transformada no lend�rio pigmento s�o vagos, contradit�rios e, �s vezes, claramente errados.
Arist�teles (384-322 a.C.) afirmava que as gl�ndulas mucosas vinham da garganta de um "peixe roxo". E, para complicar ainda mais, a ind�stria de pigmentos era muito sigilosa � cada produtor tinhacuiab� e atl�tico paranaense palpitepr�pria receita e essas f�rmulas complexas, com m�ltiplas etapas, eram guardadas a sete chaves.
"O problema � que as pessoas n�o descreviam os detalhes importantes por escrito", segundo Maria Melo, professora de ci�ncia da conserva��o da Universidade NOVA de Lisboa,cuiab� e atl�tico paranaense palpitePortugal.
Cr�dito, Mohammed Ghassen Nouira
Os caramujos Murex podem tamb�m ter sido a fonte hist�rica do corante chamado 'tekhelet' � a cor sagrada do juda�smo, mencionada na B�blia Hebraica
O registro mais detalhado do processo de produ��o da p�rpura t�ria vem mesmo de Pl�nio, o Velho, no s�culo 1� d.C.
Era mais ou menos assim: depois de isoladas, as gl�ndulas mucosas eram salgadas e deixadas para fermentar por tr�s dias.
Em seguida, elas eram cozidascuiab� e atl�tico paranaense palpiterecipientes de estanho ou, talvez, de chumbo com calor "moderado". O cozimento prosseguia at� que toda a mistura ocupasse uma fra��o do seu volume original.
No d�cimo dia, um peda�o de tecido era mergulhado no corante para testar. Se fosse tingido com a tonalidade desejada, estava pronto.
Considerando que cada caramujo cont�m apenas uma quantidade min�scula de muco, poderiam ser necess�rios 10 mil animais para produzir um �nico grama de pigmento.
Existem relatos de pilhas contendo bilh�es de cascas de caramujos marinhos descartadas nas regi�es onde o pigmento era fabricado. De fato, a produ��o de p�rpura t�ria j� foi descrita como a primeira ind�stria qu�mica � n�o s� devido � escala decuiab� e atl�tico paranaense palpiteopera��o, mas �cuiab� e atl�tico paranaense palpitenatureza agressiva.
"Realmente, n�o � f�cil obter a colora��o", segundo o professor de qu�mica da conserva��o Ioannis Karapanagiotis, da Universidade Arist�teles de Tessal�nica, na Gr�cia.
Ele explica que a p�rpura t�ria � completamente diferente dos outros pigmentos, cuja mat�ria-prima, como folhas, j� cont�m o pigmento. Neste caso, o muco do caramujo marinho cont�m subst�ncias que podem ser transformadascuiab� e atl�tico paranaense palpitepigmento, mas apenas nas condi��es corretas.
"� bastante surpreendente", afirma o professor. E, ainda assim, muitos detalhes fundamentais do processo foram esquecidos h� muito tempo.
Na Antiguidade, a p�rpura t�ria n�o era conhecida apenas pelacuiab� e atl�tico paranaense palpitecolora��o.
As tinturarias eram formadas por leitos onde frutos do mar apodreciam com a adi��o de urina � frequentemente empregada para auxiliar na fixa��o dos pigmentos � e seu conhecido odor picante.
Esse cheiro p�trido podia ser sentidocuiab� e atl�tico paranaense palpitebairros inteiros e as cidades onde o pigmento era fabricado eram consideradas locais desagrad�veis para se viver.
O mau cheiro ficava profundamente impregnado nas fibras dos tecidos tingidos, permanecendo por muito tempo ap�s acuiab� e atl�tico paranaense palpitecompra. E, quanto �s pessoas ricas que tinham acesso exclusivo a este tom de roxo, talvez fosse aconselh�vel mant�-las contra o vento.
Cr�dito, Alamy
Na Antiguidade e na Idade M�dia, a p�rpura t�ria era t�o valiosa que costumava ser falsificada � normalmente, usando uma combina��o de corantes extra�dos de plantas como anileira (�ndigo, azul) e granza (vermelha)
Nas primeiras horas do dia 29 de maio de 1453, a cidade bizantina de Constantinopla foi tomada pelos otomanos. Era o fim do Imp�rio Romano do Oriente � e da p�rpura t�ria com ele.
Na �poca, as tinturarias da cidade eram o centro da ind�stria. A cor havia ficado profundamente ligada ao catolicismo. Ela era usada nas roupas dos cardeais e para tingir as p�ginas de manuscritos religiosos.
Mas a ind�stria j� sofria preju�zos, devido a uma sucess�o de impostos excessivos, que fizeram com que a Igreja perdesse completamente o controle sobre a produ��o do pigmento.
Por isso, o papa decidiu rapidamente que o novo s�mbolo do poder crist�o seria a cor vermelha, que pode ser produzida de forma f�cil e barata, a partir de cochonilhas mo�das. Mas existe outro fator que tamb�m pode ter colaborado para a queda da p�rpura t�ria.
Em 2003, cientistas encontraram uma pilha de cascas de caramujos marinhos no local do antigo porto de Andr�aca (hoje, sul da Turquia). Ao todo, eles estimaram que aquela pilha de res�duos, datada do s�culo 6� d.C., continha cerca de 300 metros c�bicos de restos de caramujos, o que corresponde a at� 60 milh�es de indiv�duos.
O curioso � que o fundo da pilha � que cont�m os primeiros caramujos descartados � inclui esp�cimes maiores e mais velhos, enquanto os descartados mais recentemente s�o significativamente menores e mais jovens.
Uma explica��o � que os caramujos marinhos teriam sido superexplorados e,cuiab� e atl�tico paranaense palpitecerto momento, n�o havia mais caramujos adultos. E este fen�meno pode ter levado ao t�rmino da produ��o do pigmento na regi�o, como sugerem os pesquisadores.
Mas, poucos anos depois dessa descoberta, outro achado traria de volta as esperan�as de fazer reviver o antigo pigmento.
Cr�dito, Mohammed Ghassen Nouira
No M�xico e na Am�rica Central, povos ind�genas empregam um m�todo muito diferente de tingimento com Murex: eles esfregam os caramujos vivos diretamente sobre o tecido
Em setembro de 2007, Mohammed Ghassen Nouira, que trabalha como gerente consultor, faziacuiab� e atl�tico paranaense palpitecaminhada habitual na hora do almo�o,cuiab� e atl�tico paranaense palpiteuma praia nas imedia��es da capital da Tun�sia, a cidade de T�nis.
"Havia ocorrido uma tempestade horr�vel na noite anterior, de forma que muitas criaturas estava mortas na areia, como �guas-vivas, algas marinhas, pequenos caranguejos e moluscos", relembra ele.
Ele seguiu caminhando pela praia, at� que observou uma mancha colorida � um l�quido roxo avermelhado intenso vazava de um caranguejo marinho rachado.
Nouira se lembrou imediatamente de uma hist�ria que havia aprendido na escola: a lenda da p�rpura t�ria.
Ele correu at� o porto local, onde encontrou muitos outros caramujos, exatamente como aquele que estava na praia. Seus pequenos corposcuiab� e atl�tico paranaense palpiteespiral s�o cobertos de espinhos e costumam ficar presos nas redes dos pescadores.
"Eles os odeiam", ele conta. Um homem estava retirando os caramujos dacuiab� e atl�tico paranaense palpiterede e colocandocuiab� e atl�tico paranaense palpiteuma velha lata de tomate, que Nouira levou para estudar no seu apartamento.
Inicialmente, o experimento de Nouira foi extremamente frustrante.
Ele quebrou os caramujos naquela noite e procurou as entranhas de cor p�rpura viva que ele havia observado na praia. Mas n�o havia nada, a n�o ser carne branca.
Ele colocou tudocuiab� e atl�tico paranaense palpiteum saco de lixo e foi para a cama. Mas, no dia seguinte, o conte�do do saco havia passado por uma transforma��o.
"At� aquele momento, eu n�o fazia ideia de que a cor p�rpura era inicialmente transparente, como �gua", ele conta.
Cr�dito, Mohammed Ghassen Nouira
Para que a tintura permane�a sobre o tecido, suas mol�culas precisam ser convertidascuiab� e atl�tico paranaense palpiteformas sol�veiscuiab� e atl�tico paranaense palpite�gua. E n�o se sabe ao certo como isso era feito na Antiguidade.
Os cientistas agora sabem que, para ativar as subst�ncias internas dos caramujos Murexcuiab� e atl�tico paranaense palpiteestado incolor, elas precisam ser expostas � luz vis�vel. Inicialmente, suas secre��es ficar�o amarelas, depois verdes, turquesa, azuis e, por fim, ir�o assumir um tom de roxo, dependendo da esp�cie do caranguejo.
"Se voc� realizar este processocuiab� e atl�tico paranaense palpiteum dia de sol, leva pouco menos de cinco minutos para que ocorra a transforma��o", segundo Karapanagiotis.
Mas esta n�o � uma receita de p�rpura t�ria instant�nea. Na verdade, a tonalidade � composta de muitas mol�culas de pigmento diferentes trabalhandocuiab� e atl�tico paranaense palpiteconjunto.
Melo explica que existe o �ndigo, que � azul, �ndigo "bromatado", que � p�rpura, e indirubina, que � vermelho. "Dependendo do tratamento do seu extrato e do tingimento, voc� pode ter cores muito diferentes", segundo ela.
Mesmo ao atingir a colora��o desejada, ainda � preciso mais processamento para transformar os pigmentoscuiab� e atl�tico paranaense palpitecorante, como acuiab� e atl�tico paranaense palpiteconvers�ocuiab� e atl�tico paranaense palpiteformas que sejam aderidas aos tecidos.
Para Nouira, este foi o come�o de uma obsess�o que durou 16 anos, at� que ele descobrisse o m�todo perdido de produ��o da p�rpura t�ria.
Outros pesquisadores j� haviam investigado as secre��es dos caramujos marinhos � incluindo um cientista que processou 12 mil indiv�duos para obter 1,4 g de pigmento purocuiab� e atl�tico paranaense palpitep�, empregando t�cnicas industriais. Mas Nouira queria produzir do modo antigo e redescobrir a tonalidade aut�ntica, que foi reverenciada por mil�nios.
Ele havia levado aqueles primeiros caramujos marinhos para o seu apartamentocuiab� e atl�tico paranaense palpite2007, apenas uma semana depois dacuiab� e atl�tico paranaense palpitelua de mel
"Minha esposa ficou horrorizada com o cheiro; ela quase me expulsou de casa... mas eu precisava continuar", ele conta.
Cr�dito, Mohammed Ghassen Nouira
Escritores da Roma Antiga comparavam a colora��o da p�rpura t�ria com sangue coagulado
Nouira levou anos para produzir seu primeiro corantecuiab� e atl�tico paranaense palpitep�. Quando conseguiu, a cor era �ndigo claro, nada parecida com a p�rpura t�ria � e o corante era extremamente poeirento.
Foi s� depois de anos de tentativas e erros que Nouira gradualmente descobriu os truques que ele suspeita terem sido usados na Antiguidade, como misturar secre��es de todas as tr�s esp�cies de caramujos mencionadas no relato de Pl�nio, ajustar a acidez da mistura, alternar a exposi��o � luz do sol com o escuro durante a prepara��o e cozinhar as misturas por diferentes per�odos de tempo.
Como refer�ncia, Nouira usou principalmente mosaicos bizantinos que mostram o imperador Justiniano 1� (482-565) ecuiab� e atl�tico paranaense palpiteesposa Teodora (c.500-548). Posteriormente, ele tamb�m comparou seus resultados com fragmentos remanescentes de tecido.
Por fim, ele obteve pigmentos puros e corantes que ele acredita estarem excepcionalmente pr�ximos da verdadeira p�rpura t�ria, atendendo �s antigas expectativas.
"[A cor] � muito viva, muito din�mica", afirma ele. "Dependendo da ilumina��o, ela se altera e brilha... ela continua brilhando e brincando com seus olhos."
Atualmente, os cientistas v�m pesquisando um poss�vel novo uso para a p�rpura t�ria � ou, pelo menos, para uma das suas mol�culas mais importantes.
Nacuiab� e atl�tico paranaense palpiteforma pura, 6,6'-dibromo�ndigo � um p� roxo escuro que, por acaso, serve de excelente semicondutor � a base da eletr�nica moderna.
Por ser um material org�nico, a mol�cula � biodegrad�vel e menos nociva para o corpo humano do que o sil�cio. Por isso, al�m de tornar os circuitos eletr�nicos mais ecol�gicos, talvez ela possa ser usadacuiab� e atl�tico paranaense palpitetecnologias vest�veis.
Mas o melhor de tudo � que ela pode ser produzidacuiab� e atl�tico paranaense palpitelaborat�rio, sem o uso de caramujos marinhos.
Cr�dito, Mohammed Ghassen Nouira
N�o se sabe ao certo por que os caramujos Murex produzem os precursores qu�micos da p�rpura t�ria. Uma possibilidade � que eles sirvam para paralisar as presas
Depois de d�cadas de mal cheirosos experimentos no seu barrac�o, Nouira foi convidado a expor seus pigmentos e produtos tingidoscuiab� e atl�tico paranaense palpiteexibi��escuiab� e atl�tico paranaense palpitetodo o mundo, como no Museu Brit�nico de Londres e no Museu de Belas Artes de Boston, nos Estados Unidos. E ele acabou tamb�m se tornando especialista culin�riocuiab� e atl�tico paranaense palpitereceitas com caramujos marinhos.
Nouira recomenda macarr�o tunisiano apimentado com Murex ou Murex frito. "� crocante, � delicioso, � incr�vel", afirma ele.
Mas, apesar de todos os esfor�os, a p�rpura t�ria est� novamente amea�ada.
A quest�o, agora, n�o s�o as invas�es, nem os segredos sobre acuiab� e atl�tico paranaense palpiteprodu��o � embora, quando o assunto s�o os detalhes espec�ficos dos seus m�todos, Nouira seja t�o dissimulado quanto seus antigos colegas.
A amea�a � de extin��o. Os caramujos marinhos sofrem com uma s�rie de influ�ncias humanas, como a polui��o e as mudan�as clim�ticas. A esp�cie Stramonita haemastoma, que fornece a tonalidade avermelhada � colora��o, j� desapareceu do leste do Mediterr�neo.
Por isso, mesmo que a p�rpura t�ria tenha finalmente renascido, o certo � que ela pode ser facilmente perdida mais uma vez.
Leia a vers�o original desta reportagem (em ingl�s) no site cuiab� e atl�tico paranaense palpite Future.
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